Difference between revisions of "O Tempo Nas Cidades"

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<br>Transportar a cada dia quinze milhões de empregados de escritório, manter o serviço de eletricidade, de água, de televisão, administrar essa nossa população, tudo isso dependia de um só fator: o tempo! Caso contrário,  [http://call.cbu.net/wiki/index.php/A_Gera%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o_De_Mapas_%C3%83_Facilitada previsão Aqui] os fusíveis saltavam e a recuperação do sistema seria muito cara. Daí, houve necessidade de descongestionar os horários, segundo a zona da cidade. Só se podia ligar a máquina de lavar, postar uma carta ou tomar um banho, durante uma faixa determinada de tempo. No edifício que, antigamente, era um dos maiores parlamentos do mundo, isto é, o lugar onde se faziam leis, nesse décor, de estilo gótico perpendicular, uma espécie de ministério do tempo estava pouco a pouco se constituindo, em torno de um relógio gigantesco. Um sistema de cartas coloridas e uma série de quadros publicados a cada dia, assim como programas de televisão, permitiam a cada pessoa sua localização dentro daquela faixa de tempo. Esse organismo não poderia subsistir senão sincronizando estritamente cada passo, cada refeição, cada chamada telefônica. Os carros tinham placas de cores diferentes, de acordo com o horário em que podiam circular, e assim o sistema se generalizou.<br> <br>Conforme corretamente sincronizados, contudo, uma fotografia de seus auxiliares tirada pelo observador na origem revelaria que o relógio de qualquer auxiliar mais distantes é por ele visto sempre atrasado em relação ao relógio de qualquer auxiliar situado em posição mais próxima. Os físicos referem-se a essa ideia de que tempo só se move para a frente como a "seta do tempo", e a ideia do tempo unidirecional parece ser verdadeira para a vida e os objetos em escala humana. O tempo t de um evento em um dado referencial corresponde assim ao mesmo que seria registrado caso se houvesse apenas um observador, o situado na origem, e apenas um relógio, o situado na origem, contudo subtraído do intervalo de tempo necessário para a luz propagar-se do local de ocorrência do evento - do local onde encontra-se o auxiliar que registra o evento - até o observador na origem do sistema de coordenadas.<br><br>Nestas escalas a definição apresentada mostra-se inadequada, certamente, e os requisitos tecnológicos nos levaram à era dos relógios atômicos. O padrão de tempo atual conforme estabelecido pelo Sistema Internacional de Unidades (S. I.) tem por base os princípios da relatividade, tendo por padrão periódico as oscilações da radiação eletromagnéticaIn the event you loved this information as well as you desire to acquire more information with regards to [https://Wiki.Epicmafia.org/index.php?title=Jesus_Ir%C3%A1_Dizer:_Apartai-vos_De_Mim simply click the following web site] generously stop by the web-site. O Sistema Natural de Unidades é definido de forma que as principais constantes naturais, a saber a velocidade da luz C, a constante de gravitação G, a constante elétrica K na equação de Coulomb, a constante de Boltzmann k e a constante reduzida de Planck h (entre outras) assumam todas valor unitário. No contexto, outra unidade de tempo, esta pertencente ao Sistema Natural de Unidades e frequentemente usada ao se trabalhar com física moderna, merece menção particular: o tempo de Planck. Nos séculos sob domínio da física clássica apenas, a unidade de tempo e a unidade de comprimento em vigor eram preestabelecidas por conceitos independentes, e a velocidade da luz era medida experimentalmente, sendo especificados, portanto, seu valor e o valor da incerteza experimental.<br><br>Para Perls et al. Esse processo é uma totalidade, mas pode ser dividido em uma sequência de fundos e figuras proposta por Perls et al. Ou seja, o sujeito que se mantém em contato saudável com o mundo, está aware, ou seja, está alerta, presente, consciente de si mesmo e de suas possibilidades. Vimos, assim, a perspectiva por meio da qual se dão as relações entre organismo e meio, que acontecem sempre em ciclos que devem ser completados de modo a não deixar Gestalten inacabadas (Perls et al., 1997). No entanto, as interrupções podem ocorrer ao longo desse ciclo, gerando desequilíbrios, fixações que se manifestam sob a forma de patologias ou comportamentos disfuncionais. 1997), a experiência é essencialmente contato, é o funcionamento da fronteira entre o organismo e seu ambiente. Dessa forma, o contato saudável tem uma estreita relação com o manter-se consciente na situação presente. 1997): pré-contato, contato, contato final e pós-contato. É a awareness que permite a autopercepção que, por sua vez, possibilita uma vivência autêntica. O contato ocorre em um lugar denominado de fronteira e, de acordo com Robine (2006), designa o processo de ajustamento criador do organismo e seu meio.<br><br>No intervalo, eu me familiarizei com as categorias meta-históricas da "experiência" e da "espera" (ou "expectativa"), tais como foram trabalhadas pelo historiador alemão Reinhart Koselleck, com vistas a elaborar uma semântica dos tempos históricos. Interrogando as experiências temporais da história, ele pesquisava "como em cada presente, as dimensões temporais do passado e do futuro tinham sido postas em relação".3 3 KOSELLECK, Reinhart. Um colóquio, concebido pelo helenista Marcel Detienne, comparatista convicto, foi a ocasião de retomá-la e trabalhá-la em comum com um antropólogo, Gérard Lenclud. Le futur passé. Paris : EHESS, 1990, p. 307-329. É justamente aí que era interessante investigar, levando em conta as tensões existentes entre "campo de exercício" ("experiência" — NT) e "horizonte de espera" e estando atento aos modos de articulação do presente, do passado e do futuro. A noção de regime de historicidade podia assim se beneficiar de um diálogo entre (fosse por meu intermédio) de Sahlins com Koselleck: da antropologia com a história.<br>
<br>E é por aí que se vê que esses diversos tipos de tempo convergem e divergem. Essas sequências, que nos dão as mudanças que fazem história, criam as periodizações, isto é, as diferenças de significação. Convergem na experiência humana e divergem na análise. Nesse momento, eu gostaria de me referir a um filósofo latino-americano, Sérgio Bagú, que distingue entre o tempo como seqüência - o transcurso – o tempo como raio de operações – o espaço – e o tempo como rapidez de mudanças, como riqueza de operações. O tempo individual, tempo vivido, sonhado, vendido e comprado, tempo simbólico, mítico, tempo das sensações, mas com significação limitada, não é suscetível de avaliação se não referido a esse tempo histórico, tempo sucessão, tempo social, o ontem, o hoje, o amanhã. Do tempo matemático,  [http://196.43.133.60/wiki/index.php/Terrestrial_Atmospheric_And_Oceanic_Sciences_V Quinta feira Previsao] tempo cósmico, tempo do relógio, ao tempo histórico, vai toda uma evolução que é assinalável ao longo da História. O relógio que é descoberto num determinado momento da História, é redescoberto neste século com o taylorismo e depois com o fordismo; um tempo que é medida do relógio, se não o enchermos dessa substância social.<br><br>A araucária é um dos símbolos mais conhecidos do Paraná. O clima peculiar favorece o cultivo por lá, o que tornou a região uma das maiores produtoras do país, respondendo por 14% da produção brasileira.E os efeitos do clima não se restringem à produção da erva-mate, que é feita em consórcio com outras espécies florestais nativas da região. Assim, a interação entre clima, plantas do consórcio e erva-mate é muito importante para a qualidade do produto cultivado no local.A erva-mate de São Matheus é diferenciada pelo sabor suave e especialmente pelo sistema de produção na floresta de araucáriaIf you loved this article and also you would like to acquire more info regarding [https://hvclassifieds.net/author/calebrowell/ hvclassifieds.Net] i implore you to visit our own web site. Mas ao lado dela, na bandeira do estado, está representada outra planta muito importante para os paranaenses: a erva-mate. Essas características especiais resultam em um sabor leve, que agrada o consumidor brasileiro e o de outros países, como o Uruguai, onde a infusão feita com essa planta também é um sucesso.Só podem usar o selo da Indicação de Procedência São Matheus os produtos elaborados a partir de partes vegetais de erva-mate (Ilex paraguariensis St Hill.) 100% procedentes da região delimitada para essa indicação.<br><br>Enquanto vigoravam as políticas de remoção, era a (i)legalidade urbanística que possibilitava o desenvolvimento de outras ilegalidades, tais como as redes de contravenção sobre as quais a territorialização do tráfico iria reestruturar (Misse, 2006). Hoje, as condições para a visibilidade e relevância política inéditas da favela residem em sua constituição, no nível dos discursos e das práticas, como uma ameaça à cidade. Essa imagem, paradoxalmente, traduz-se em melhorias e investimentos no espaço físico da favela que, por sua vez, se revestem de sentidos e valores particulares para os atores assim beneficiados. Desde esta perspectiva, a história da mudança de paradigma das políticas governamentais calcadas na remoção para programas que visam à "integração" da favela à cidade dita "formal" pode ser lida como a história da passagem do "barraco" de estuque para a "casa" de alvenaria. É a partir desse campo problemático que o presente artigo pretende explorar o fenômeno histórico da consolidação de favelas no Rio de Janeiro contemporâneo.<br><br>Esse contexto é aqui explorado a partir de uma concepção da casa como fato social total: a passagem do barraco de estuque à casa de alvenaria (convertida cada vez mais em "fortaleza") torna legível a maneira pela qual o espaço da favela, e sobretudo da casa, constitui-se como processo, projeto de futuro e instância produtora de valores - tanto monetários como subjetivos. Palavras-chave: Favelas; Espaço urbano; Moradia; Valor; Etnografia. The article consists of an ethnographic analysis of the favela consolidation in contemporary Rio de Janeiro, understood here as a result of the juxtaposition of two seemingly contradictory socio-historical processes: (1) the replacement of favela removal programs by urbanization programs and projects, giving rise to a recent construction boom in the favelas and to an unprecedented commoditization of their space; (2) the appropriation of the space of the favelas by the drug trade, which (re)produces and reinforces the physical, social, and symbolic boundaries between the favela and the so-called "asphalt." This context is explored through a conception of the house as a total social fact: the transition from the stucco shack to the masonry house (increasingly converted into a "fortress") renders the space of the favela and particularly of the house as process, future project, and a source of value, both economic and subjective.<br>

Revision as of 15:00, 28 November 2021


E é por aí que se vê que esses diversos tipos de tempo convergem e divergem. Essas sequências, que nos dão as mudanças que fazem história, criam as periodizações, isto é, as diferenças de significação. Convergem na experiência humana e divergem na análise. Nesse momento, eu gostaria de me referir a um filósofo latino-americano, Sérgio Bagú, que distingue entre o tempo como seqüência - o transcurso – o tempo como raio de operações – o espaço – e o tempo como rapidez de mudanças, como riqueza de operações. O tempo individual, tempo vivido, sonhado, vendido e comprado, tempo simbólico, mítico, tempo das sensações, mas com significação limitada, não é suscetível de avaliação se não referido a esse tempo histórico, tempo sucessão, tempo social, o ontem, o hoje, o amanhã. Do tempo matemático, Quinta feira Previsao tempo cósmico, tempo do relógio, ao tempo histórico, vai toda uma evolução que é assinalável ao longo da História. O relógio que é descoberto num determinado momento da História, é redescoberto neste século com o taylorismo e depois com o fordismo; um tempo que é medida do relógio, se não o enchermos dessa substância social.

A araucária é um dos símbolos mais conhecidos do Paraná. O clima peculiar favorece o cultivo por lá, o que tornou a região uma das maiores produtoras do país, respondendo por 14% da produção brasileira.E os efeitos do clima não se restringem à produção da erva-mate, que é feita em consórcio com outras espécies florestais nativas da região. Assim, a interação entre clima, plantas do consórcio e erva-mate é muito importante para a qualidade do produto cultivado no local.A erva-mate de São Matheus é diferenciada pelo sabor suave e especialmente pelo sistema de produção na floresta de araucária. If you loved this article and also you would like to acquire more info regarding hvclassifieds.Net i implore you to visit our own web site. Mas ao lado dela, na bandeira do estado, está representada outra planta muito importante para os paranaenses: a erva-mate. Essas características especiais resultam em um sabor leve, que agrada o consumidor brasileiro e o de outros países, como o Uruguai, onde a infusão feita com essa planta também é um sucesso.Só podem usar o selo da Indicação de Procedência São Matheus os produtos elaborados a partir de partes vegetais de erva-mate (Ilex paraguariensis St Hill.) 100% procedentes da região delimitada para essa indicação.

Enquanto vigoravam as políticas de remoção, era a (i)legalidade urbanística que possibilitava o desenvolvimento de outras ilegalidades, tais como as redes de contravenção sobre as quais a territorialização do tráfico iria reestruturar (Misse, 2006). Hoje, as condições para a visibilidade e relevância política inéditas da favela residem em sua constituição, no nível dos discursos e das práticas, como uma ameaça à cidade. Essa imagem, paradoxalmente, traduz-se em melhorias e investimentos no espaço físico da favela que, por sua vez, se revestem de sentidos e valores particulares para os atores assim beneficiados. Desde esta perspectiva, a história da mudança de paradigma das políticas governamentais calcadas na remoção para programas que visam à "integração" da favela à cidade dita "formal" pode ser lida como a história da passagem do "barraco" de estuque para a "casa" de alvenaria. É a partir desse campo problemático que o presente artigo pretende explorar o fenômeno histórico da consolidação de favelas no Rio de Janeiro contemporâneo.

Esse contexto é aqui explorado a partir de uma concepção da casa como fato social total: a passagem do barraco de estuque à casa de alvenaria (convertida cada vez mais em "fortaleza") torna legível a maneira pela qual o espaço da favela, e sobretudo da casa, constitui-se como processo, projeto de futuro e instância produtora de valores - tanto monetários como subjetivos. Palavras-chave: Favelas; Espaço urbano; Moradia; Valor; Etnografia. The article consists of an ethnographic analysis of the favela consolidation in contemporary Rio de Janeiro, understood here as a result of the juxtaposition of two seemingly contradictory socio-historical processes: (1) the replacement of favela removal programs by urbanization programs and projects, giving rise to a recent construction boom in the favelas and to an unprecedented commoditization of their space; (2) the appropriation of the space of the favelas by the drug trade, which (re)produces and reinforces the physical, social, and symbolic boundaries between the favela and the so-called "asphalt." This context is explored through a conception of the house as a total social fact: the transition from the stucco shack to the masonry house (increasingly converted into a "fortress") renders the space of the favela and particularly of the house as process, future project, and a source of value, both economic and subjective.